Foram dizer-me que a plantavam. Havia de
nascer outra vez, igual a uma semente atirada àquele bocado muito guardado de
terra. A morte das crianças é assim, disse a minha mãe. O meu pai, revoltado,
achava que teria sido melhor haverem-na deitado à boca de deus. Quando começou
a chover, as nossas pessoas arredadas para cada lado, ainda vi como ficou ali
sozinho. Pensei que ele escavaria tudo de novo com as próprias mãos e andaria
montanha acima até ao fosso medonho, carregando o corpo desligado da minha irmã.
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